sexta-feira, 28 de março de 2008

Grandes Esperanças

Além do horizonte do lugar em que vivemos quando crianças, em um mundo de magnetismo e milagres. Nossos pensamentos emanavam constantes e sem fronteiras, éramos alegres, felizes sem saber nada sobre a dor, perdas, equivocos e desilusões.
Ao longo da grande estrada e descendo a caminho das causas do nosso ser ficamos cheios de tudo que nos aconteceu de mal, e tentamos esquiviar para o sol que nasce pelo horizonte leste. Não ficamos pensando num bando de maltrapilhos que seguiam nossos passos. Corremos antes que o tempo levasse nossos sonhos embora, deixando uma miríade de pequenas criaturas tentando nos amarrar e jogar no chão.
Certamente quando éramos crianças a vida não era consumida pela degeneração lenta. A grama era mais verde, as luzes eram mais brilhantes. Com nossos amigos por perto os dias eram maravilhosas brincadeiras.
Hoje olhando além das pontes em brasa resplandecendo atrás de nós podemos ver por um relance o quão bom era o outro lado. Hoje andamos adiante mas sonânbulos voltamos dragados pela força de uma maré interior, em alta velocidade contra o nosso próprio tempo. Alcançamos as alturas inebriantes daquele mundo de sonhos enclausurados em nós mesmos
Existe uma fome ainda não satisfeita nossos olhos desgastados ainda fitam o horizonte. Para sempre e sempre, vivemos na esperança de algo grande acontecer

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